Spotify lança creme, a playlist com o melhor do som de música urbana do Brasil
Desde o lançamento da Pollen em 2018, as playlists sem gênero do Spotify decolaram em todo o mundo. Com a Pollen, surgiu a Oyster nos países nórdicos, a Altar no Reino Unido e a Mixto, sucesso entre os amantes da música latina nos EUA. Todas elas são playlists sem um gênero musical específico, servindo como uma espécie de coleção de sons que desafiam os limites, agrupados e inspirados nas comunidades de ouvintes.
No Brasil, nossos editores queriam criar um tipo de espaço semelhante — no qual a música possa ser cultivada em uma pluralidade sem gênero com uma vibração sonora específica, mesclando ritmos de diferentes tipos de música. Para isso, eles buscaram a diversidade cultural e de longo alcance da música urbana nacional, que já desafiava a categorização e as convenções musicais no país.
E é aí que nasce a creme.
“Para mim, a creme é uma playlist que traduz a diversidade de sons que o brasileiro entrega na música, com uma variedade de beats, letras e flow”, diz o cantor Donatto, que considera sua música uma mistura de pop com essência de MPB. “A creme é uma playlist para reunir amigos e curtir uma boa onda”, afirma.
Xamã, o rapper que, nos últimos três meses, foi um dos artistas mais escutados da creme, considera seu trabalho “parte da nova MPB”. O cantor explica: “A nova MPB é a música de rua, música que toca nos bares, nos prédios, que toca no morro! Uma mistura de rap e funk, música urbana e música de rua”, completa.
A creme, originalmente conhecida como “Beat Urbano”, foi rebatizada como “O creme da mistura urbana brasileira”. Em termos de gênero, o hip-hop e o pop constituem a maioria das faixas e artistas representados, mas um olhar mais atento revela as categorizações mais específicas em uma gama de sons – hip-hop brasileiro, funk carioca, funk ostentação, R&B brasileiro e trap.
Isso se encaixa no sentimento geral da música urbana no Brasil, que não está ligada a um gênero específico, mas abrange funk, trap, R&B, hip-hop e até Afrobeats. A creme representa melhor uma “união” de muitos estilos musicais para evocar um sentimento em torno de uma cultura compartilhada, ao invés de um gênero.
Da mesma forma que outras playlists sem gênero criadas em todo o mundo, os ouvintes da creme tendem a ser da Geração Z. Enquanto isso, a maioria dos ouvintes das outras principais playlists brasileiras tem mais de 25 anos. E assim como playlists como a Pollen intercalam artistas consagrados com os recém-chegados, a creme apresentou aos ouvintes brasileiros muitos sons novos. Andressinha e Nyna foram os artistas mais descobertos na playlist entre outubro de 2020 e janeiro de 2021, aproveitando o espaço compartilhado com os artistas mais escutados da playlist no mesmo período, Xamã, MC Cabelinho, Pedro Lotto, Pk e Ludmilla.
“Ao ouvir a playlist creme, você se insere nesse novo estilo musical”, diz Xamã. “Todo mundo ouve. É um som que permite que todos sejam representados, inclusive eu”, afirma.
A creme também reflete novas expressões da cultura urbana do Brasil como é o caso da faixa de funk consciente com temática sócio-política, “Deus é por nós” de MC Marks, que atingiu o Top 50 do Spotify Charts no Brasil. Na mesma época, grupos de artistas brasileiros se reuniram para gravar e lançar o “Poesia Acústica”, uma série de vídeos e singles que mesclam artistas de diversos gêneros como rap, R&B e funk, com uma vibe acústica descontraída. A “Poesia Acústica #9: Melhor Forma” tornou-se um hit top 15 nas paradas brasileiras do Spotify por mais de 60 dias consecutivos, após o lançamento.
Já nos últimos 90 dias, outro “Poesia”, a “Poesia Acústica 10: Recomeçar” de BK, Black, Delacruz, JayA Luuck, Ludmilla, MC Cabelinho, Orochi, Pineapple StormTv, Pk, e Salve Malak, conquistaram seu lugar como a segunda música mais ouvida da playlist. A primeira foi a música “LARISSA” de Luan e Pedro Sampaio e em terceiro ficou “Oclin e Evoque” de Djonga, MC Rick, Sidoka e Tropa do Bruxo. No futuro, as músicas mais escutadas podem vir de qualquer artista, com qualquer som.
“É uma honra fazer parte da playlist creme, sempre escuto”, diz Donatto. “Eu sei que é uma playlist que tem muitos artistas referências e fazer parte dessa playlist é uma honra e um sonho bem grande. Estar no meio de grandes artistas que essa playlist traz, acredito que pode abrir novas portas para mim e mostrar meu trabalho para pessoas que ainda não conhecem”, completa o cantor.
Curta o som da música urbana brasileira escutando a creme logo abaixo.